sexta-feira, 13 de março de 2009

O ESPÍRITO DE UMA ORGANIZAÇÃO...

Mais um extracto de um texto da autoria de Peter Drucker que, pela sua pertinência intemporal, considero ser merecedor da nossa mais profunda reflexão...
A prova da sinceridade e seriedade da gestão reside no intransigente ênfase que se dá à integridade de carácter.
Esta característica, acima de tudo, tem de estar simbolizada nas decisões que dizem respeito à gestão de “pessoas”.
Porque é o carácter através do qual uma liderança é exercida; é o carácter que dá o exemplo e é imitado.
O carácter não é algo com que se possa enganar as pessoas.
As pessoas com quem alguém trabalha, especialmente os seus subordinados, sabem em poucas semanas até que ponto ele ou ela é ou não íntegro.
Podem perdoar uma pessoa por imensas coisas: incompetência, ignorância, insegurança ou más maneiras. Mas nunca perdoarão a falta de integridade…
Isto é particularmente evidente no que diz respeito a quem chefia uma empresa. Porque o espírito de uma organização é criado a partir do topo.
Se uma organização for “grande” de espírito, isso é porque o espírito de quem está no topo é “grande”.
Se decresce, será porque o topo apodrece.
Conforme diz o ditado, “as árvores começam a morrer por cima”…
Manegement: Tasks, Responsabilities, Practices - Peter Drucker

quarta-feira, 11 de março de 2009

É UMA DECISÃO NECESSÁRIA ?

Reflexão para quem tem responsabilidades na gestão…
Não se devem tomar decisões desnecessárias, da mesma forma que um bom cirurgião não faz operações desnecessárias.
As decisões desnecessárias não só são uma perda de tempo e de dinheiro mas também ameaçam tornar todas as decisões ineficazes.
É importante que se seja capaz de distinguir entre decisões necessárias e desnecessárias.
Dos cirurgiões provém, talvez, o melhor exemplo de tomada de decisões eficazes, uma vez que têm de tomar decisões arriscadas diariamente.
Atendendo a que não existem cirurgias isentas de risco, as operações desnecessárias têm de ser evitadas.
As regras utilizadas pelos cirurgiões para tomaram decisões são:
- Regra um: - numa situação em que é provável que a cura aconteça por ela mesma ou que estabilize sem risco, perigo ou dor para o paciente, deixam-no em observação e controlam-no com regularidade. Mas não operam. Fazer uma cirurgia nestas condições é uma decisão desnecessária.
- Regra dois: - numa situação degenerativa e que coloque a vida em risco, e em que existe alguma coisa que possa ser feita, ela é feita – rápida e radicalmente. È uma decisão necessária, apesar do risco.
- Regra três: - este é o problema que fica entre as duas regras anteriores e é, provavelmente, a categoria mais individualista – uma situação que não é degenerativa e que não coloca a vida em risco mas que, mesmo assim, não se corrige sozinha. È nestas ocasiões que o cirurgião tem de avaliar entre risco e oportunidade.
Esta é a decisão que distingue os excelentes cirurgiões dos outros.
The Effective Executive – The Elements of Decision Making - Peter Drucker