Dos Médicos, da Medicina, da Gestão e Qualidade em Saúde, dos Serviços e Políticas de Saúde e Outros Assuntos
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
"ESTE É O NOSSO MOMENTO"...
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
O EXERCÍCIO DE FUNÇÕES COM DIGNIDADE
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
MUDANÇA E CONTINUIDADE
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
YES WE CAN !
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
TEORIA GERAL DO EX-AMIGO
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
O DEBATE DA SAÚDE
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
HOSPITAL PEDRO HISPANO - CERTIFICAÇÃO GLOBAL - Norma ISO 9001:2000
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
LAPSOS ?
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
O REQUISITO FINAL DA LIDERANÇA EFICAZ É GANHAR CONFIANÇA
quarta-feira, 25 de junho de 2008
O COMBATE AO DESPERDÍCIO
domingo, 8 de junho de 2008
A AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DOS CONSELHOS DE ADMINISTRAÇÃO
quarta-feira, 28 de maio de 2008
O LIDER DIGNO DE CONFIANÇA
Já há alguns anos que, por diversas razões, não tinha oportunidade de gozar férias por um período contínuo superior a dez ou quinze dias…
Este ano surgiu essa oportunidade. Ausente três semanas consecutivas e bem longe do meu “meio ambiente natural”, que delícia!... E que saudades!...
Retemperado, retomei a actividade profissional e hoje as minhas mensagens neste blogue.
Poucos dias depois de chegar, uma pessoa amiga ofereceu-me um livro: - “O Princípio da Cenoura” de Adrian Gostic e Chester Elton. Editado no mês passado. Se puderem, leiam.
Como todos estamos inseridos em organizações e nos relacionamos com pessoas que, num contexto de trabalho, funcionam como nossos superiores hierárquicos – aqueles a quem se designa habitualmente de líderes – não resisto a transcrever um pequeno extracto desse livro, sobre o qual vale a pena reflectir:
“… Um líder digno de confiança apresenta as seguintes características:
- Assume publicamente os seus erros;
- Mantém a sua palavra e cumpre os seus compromissos;
- Rodeia-se de pessoas digna de confiança;
- Segue sempre o caminho adequado em assuntos eticamente controversos;
- Recusa-se a participar em qualquer tipo de desonestidade;
- Contribui activamente para a reputação positiva da empresa/organização.”
Fico à espera dos vossos comentários. Já agora, levem em conta o conceito de “líder” com a correcta abrangência…
sábado, 19 de abril de 2008
DEMISSÕES
Pode bem dizer-se que os mais recentes dias vividos pela Missão para os Cuidados de Saúde Primários (MCSP) têm sido de agitação.
domingo, 13 de abril de 2008
COORDENADOR DA UNIDADE DE MISSÃO DOS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS APRESENTOU PEDIDO DE DEMISSÃO
sexta-feira, 4 de abril de 2008
SNS: REFORMAR PARA SOBREVIVER
terça-feira, 1 de abril de 2008
PENSAR NO FUTURO
quarta-feira, 12 de março de 2008
UNIDADE LOCAL DE SAÚDE DE MATOSINHOS
A estratégia adoptada pelo Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde de Matosinhos (ULSM), de 2002 a 2007, teve por base quatro vectores fundamentais:
1. Política de Qualidade
2. Integração de Cuidados
3. Formação
4. Gestão eficiente
1. Através da política de qualidade adoptada, foi objectivo do CA prosseguir o programa de melhoria contínua de qualidade organizacional iniciado em 2000/2001. Com esse programa, obtivera-se em 2002 a Acreditação do Hospital Pedro Hispano, iniciando-se um ano depois idêntico programa nos Cuidados de Saúde Primários, englobando assim toda a instituição. Estava em causa a progressiva construção de uma cultura organizacional, sustentada no reconhecimento da multidisciplinaridade, interdependência e complementaridade de todos os profissionais envolvidos no processo de prestação de serviços.
2. No que concerne à integração de cuidados, o reconhecimento da mais fácil identificação de necessidades em saúde das populações de uma região geográfica determinada, perspectivava uma mais eficaz intervenção na prevenção da doença e na promoção da saúde. Por outro lado, tal integração dava a oportunidade de uma mais eficaz racionalização da procura e oferta de cuidados, em que estava implícita a continuidade dos mesmos, assumindo o Médico de Família o papel de gestor de saúde dos seus utentes. No Hospital, havia que zelar por uma resposta eficaz às solicitações dos Cuidados Primários, melhorando a resposta na consulta externa e no internamento (médico e cirúrgico), promovendo os procedimentos hospitalares passíveis de realização em regime ambulatório, melhorando a qualidade de atendimento no Serviço de Urgência, maximizando o aproveitamento da capacidade instalada em MCDT e promovendo a diferenciação/inovação em áreas clínicas necessárias à população da ULSM e em relação às quais também se pudessem obter mais valias, por carências de âmbito regional ou nacional.
3. A importância do desempenho individual de todos os profissionais, quer no que se refere a competências técnicas específicas, quer no que respeita a competências gerais; do seu papel na dinamização do colectivo; da responsabilização progressiva aos vários níveis de intervenção e na aquisição de novas competências, justificava o investimento na formação.
4. A reestruturação dos sistemas de informação era aspecto de preocupação prioritária. Desde logo por indispensáveis na própria perspectiva de integração de cuidados e de monitorização da actividade assistencial, mas também pela sua importância crítica em todos os processos inerentes ao funcionamento dos Serviços da Aprovisionamento, Farmácia e Departamento de Gestão Financeira. Associada a essa reestruturação identificava-se como de implementação urgente a revisão de todos os processos próprias da actividade do Serviço de Aprovisionamento e do Departamento de Gestão Financeira. Em suma: -a gestão eficiente pressupunha a implementação de um eficaz sistema de controlo de gestão. Em 2002, esta era a vertente mais crítica e de mais difícil intervenção. Tanto mais que, pela história da instituição, parte substancial desse controlo era alheia à ULSM – aquele que dizia respeito aos Centros de Saúde, do ponto de vista das contratações relacionadas com MCDT e similares – assim continuando até ao fim de 2006, por imperativo legal. Neste capítulo específico, só em 2007 se iniciou a viragem de que já são visíveis importantes resultados. Não sendo este o espaço adequado para uma descriminação exaustiva de todos os indicadores ilustrativos da progressiva melhoria de prestação de serviços, tanto quantitativa como qualitativamente, bem como da respectiva efectividade e eficiência, devem salientar-se alguns deles, na medida em que demonstram o sucesso da estratégia referida.
Assim, deve assinalar-se que:
- O número de utentes inscritos nos Centros de Saúde da ULSM aumentou 16% nestes cinco anos (mais de 180.000 em 2007), enquanto a população utilizadora cresceu 19%, situando-se actualmente em mais de 231.000 (variação anual de 4%);
- As taxas de vacinação, nos últimos cinco anos, passaram de 98,6% para 99%, de 94% para 99% e de 90% para 99%, respectivamente no que se refere às metas A, B e C do Programa Nacional de Vacinação, assim cumprindo ou ultrapassando os objectivos nacionais definidos;
- O número de consultas de Medicina Dentária nos Cuidados de Saúde Primários (saúde infantil e escolar e utentes de maior risco como diabéticos, idosos, doentes com patologia cardíaca, grávidas e utentes com problemas sócio económicos em famílias de risco), aumentou de 1.689 em 2002 para 3.762 em 2007 (variação de 122,7%);
- O número global de consultas/atendimentos programados em Medicina Geral e Familiar cresceu 4% ao ano, atingindo em 2007 o número de cerca de 546.000;
- Nos Centros de Saúde, o número de atendimentos de enfermagem aumentou 62,2% nos últimos cinco anos, atingindo os cerca de 202.000 em 2007;
- O aumento do número de consultas de especialidades hospitalares concretizadas nos Centros de Saúde teve um crescimento de 2% ao ano, atingindo cerca de 25.000 em 2007;
- A prevalência de tuberculose pulmonar – problema de saúde pública relevante no concelho – aproximou-se muito significativamente da média da região Norte, ao reduzir-se 11% ao ano nos últimos cinco anos (87,9/100.000 habitantes em 2002 para 46,9/100.000 em 2007), verificando-se pela primeira vez este ano que em nenhuma freguesia do concelho a prevalência ultrapassa os 100 doentes/100.000 habitantes (“freguesias de risco”);
- O número de internamentos hospitalares manteve-se sem variação importante, constatando-se entretanto um crescimento global superior a 6% no número de doentes submetidos a cirurgia (com significativo aumento percentual relativo de médias/grandes cirurgias em regime ambulatório);
- A acessibilidade também melhorou na consulta externa do hospital, traduzida pelo acréscimo de mais de 7% ao ano, situando-se em 2007 acima das 204.000, com um valor global de 28% de primeiras consultas;
- Igualmente o Hospital de Dia melhorou o seu desempenho, crescendo mais de 30% ao ano no número de sessões e 21% ao ano no número de doentes tratados, concluindo o ano de 2007 com mais de 11.000 sessões em cerca de 3.800 doentes;
- O número de partos baixou cerca de 6% ao ano (2.435 em 2002 para 1.834 em 2007), reflectindo a acentuada baixa da taxa de natalidade, mas que o número de parturientes a usufruir de analgesia epidural do parto cresceu 4% ao ano - 1.339 em 2002 para 1.631 em 2007 (de 55% em 2002 para 89% em 2007);
- A produtividade na área dos MCDT cresceu acentuadamente, reflectindo o melhor aproveitamento da capacidade instalada, nomeadamente através da internalização dos mesmos (exames requisitados nos Centros de Saúde da ULSM, que eram levados a efeito por entidades convencionadas com o Serviço Nacional de Saúde): - nos últimos cincos anos, o crescimento dessa produtividade foi de 75% em Patologia Clínica, 102,8% na área da Imagiologia, 7,9% em Medicina Física e Reabilitação e 11,2% nos exames de hemoterapia;
- A racionalização de procura de cuidados de saúde através do Serviço de Urgência Hospitalar está bem espelhada no facto de o número de episódios de urgência no Hospital ter diminuído 11,4% nos últimos cinco anos (127.618 em 2002 para 113.080 em 2007), como contrapartida duma boa oferta de cuidados na Unidade Básica de Urgência (20:00 às 24:00 horas nos dias úteis e 8:00 às 24:00 horas nos fins de semana e feriados) e das Consultas Urgentes nos Centros de Saúde (8:00 às 20:00 horas dos dias úteis) que, no seu conjunto, cresceram 44,1% (de 68.685 em 2002 para 98.975 em 2007). Complementarmente, deve registar-se que este crescimento assenta fundamentalmente no número de consultas urgentes atendidas nos Centros de Saúde (39.771 em 2002 versus 68.204 em 2007). É também indispensável referir que mais de 40% dos doentes actualmente atendidos no serviço de Urgência do Hospital Pedro Hispano residem nos concelhos vizinhos, não estando por isso inscritos nos Centros de Saúde da ULSM;
- Verificou-se uma redução de custos com MCDT que ultrapassou os 16%, a partir do momento em que o controlo da facturação passou para a responsabilidade da ULSM (início de 2007);
- Registou-se importante redução de custos com transportes de doentes (superior a 40%), apesar do aumento do número de doentes transportados e do aumento do preço dos combustíveis (é de salientar que antes da aplicação das medidas que levaram a este resultado, os custos com transportes ultrapassavam o milhão de euros);
- No último ano alcançou-se uma redução dos custos com a oxigenoterapia e ventiloterapia domiciliária de cerca de 42% (num valor que ultrapassava o milhão de euros), mantendo-se o número de doentes em tratamento e melhorando a qualidade assistencial dos mesmos (nomeadamente prescrição mais cuidadosa e melhor acompanhamento domiciliário para garantia de que o tratamento prescrito é cumprido e que a utilização dos equipamentos é adequada);
- A evolução económico financeira relacionada com o desempenho operacional revela uma melhoria sustentada da eficiência da instituição, demonstrada pela variação do indicador EBIDTA que melhorou 93% nos cinco anos em análise, sendo de referir que o financiamento da componente cuidados primários da ULSM não teve qualquer variação entre 2002 e 2007;
- Nos últimos anos foram muitas as evidências de reconhecimento da qualidade dos serviços prestados pela ULSM: - Acreditação dos Centros de Saúde e Hospital (HQS), Certificação ISO global do Hospital (HQS), depois de idêntica distinção individual dos serviços de Imuno hemoterapia, Anatomia Patológica e Esterilização; três prémios em candidaturas ao Prémio “Boas Práticas na Administração Pública” (um em 2005 e dois em 2007) e cinco nas candidaturas “Hospital do Futuro” (2007); resultados de Inquéritos de satisfação dos utentes (Centros de Saúde e Hospital), levados a efeito pela ULSM (anuais) e por entidade externa (2005/2006), demonstrativos da excelência dos seus serviços. Subjacentes a todos os resultados sumariamente registados estão, como não podia deixar de ser, múltiplas iniciativas, diversos e significativos investimentos e muito trabalho. O Conselho de Administração cumpriu o seu dever de pensar, planear, dinamizar, executar e deixar sementes.
Mas o principal valor da ULSM são os seus profissionais, a quem se devem os bons resultados alcançados.
O ano de 2007 constitui, nos últimos cinco anos, o topo de uma rota ascendente, sob todos os pontos de vista.
Preservando valores fundamentais como a verdade, transparência, responsabilidade, solidariedade e lealdade a ULSM continuará o caminho do sucesso que até agora vem trilhando.
Porque está na direcção certa, tudo o que há a fazer é continuar…