sábado, 3 de novembro de 2007

O QUE PENSAM OS CANDIDATOS A BASTONÁRIO DA ORDEM DOS MÉDICOS

Esta semana, «Tempo Medicina» coloca aos candidatos a seguinte questão: Qual a importância das listas regionais e distritais, e dos apoios que estas manifestam, ou não, aos candidatos à presidência da Ordem dos Médicos (OM), na eleição do bastonário? . Tendo em conta a resposta dos candidatos a esta questão, o conteúdo da apresentação das suas candidaturas e entrevistas dadas nos últimos tempos, podemos concluir pela existência de três modelos a merecerem reflexão, que caracterizamos da seguinte forma:

  1. Modelo “União Nacional" (bastonário e orgãos regionais e distritais com um ideário único), representado por Miguel Leão, o qual anteriormente se auto identificou com o espectro político da direita;
  2. Modelo Democrático, sustentado no pluralismo, representado por Pedro Nunes, sem conotação política;
  3. Modelo Democrático, sustentado no pluralismo, representado por Carlos Silva Santos, o qual anteriormente se auto identificou politicamente com o partido comunista. .

Vejamos as respostas específicas à questão formulada pelo TM

Miguel Leão

«A existência de candidaturas regionais e distritais solidárias demonstra a unidade nacional desta candidatura».«A minha candidatura a presidente da Ordem dos Médicos para “Defender e Unir os Médicos” é a única candidatura nacional de mudança que conta com equipas solidárias em todas as secções regionais…» «A existência de candidaturas solidárias aos órgãos regionais e distritais demonstra a unidade nacional desta candidatura…»

Pedro Nunes
«Não deve haver enfeudamento das candidaturas distritais e regionais à candidatura a bastonário»
«A OM é uma organização em que os poderes de decisão estão distribuídos por órgãos de base territorial. Para o seu funcionamento harmónico é necessário que cada um deles seja a expressão do pensamento dos médicos que representa e se integre no todo nacional.Depois de eleitos, todos os dirigentes da Ordem, pessoas responsáveis, trabalham para a defesa dos médicos, pelo que devem colaborar com lealdade. Como na Ordem não há órgãos de representação proporcional é fundamental que as listas a constituir tenham a maior abrangência e traduzam o maior leque de opiniões. Assim, não deve haver enfeudamento das candidaturas distritais e regionais à candidatura a bastonário»
Carlos Silva Santos
«A minha candidatura dá a garantia de assegurar a governabilidade da OM sem guerras norte/sul»
«O presidente do CNE da OM é o único eleito directamente pelos médicos, pelo que a “Candidatura Alternativa” sempre defendeu que a sua eleição deveria ser autónoma em relação aos restantes órgãos. Entendemos o papel de bastonário como um factor de coesão e promotor da unidade na diversidade das sensibilidades médicas existentes. Discordamos dos opositores que exigem como condição para governar terem uma maioria absoluta de apoiantes nos órgãos, nomeadamente no CNE. Esta visão estreita e radical está mais uma vez presente nestas eleições e é particularmente evidente naqueles que querem listas monocolores, rejeitando o objectivo de alcançar o pluralismo…»