quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

O EXERCÍCIO DE FUNÇÕES COM DIGNIDADE

“Ninguém se entende sobre quem faltou e quem votou ou não na já célebre sessão parlamentar da passada sexta-feira, onde estava em causa a suspensão do polémico modelo de avaliação dos professores.
A lista de presenças, que os deputados assinam quando chegam ao plenário, não coincide com a contagem feita pela mesa da Assembleia da República. Nas bancadas parlamentares também não se sabe ao certo quem esteve ou não naquele dia na Assembleia da República.
Há deputados que estiveram presentes e votaram e que são dados como faltosos.
A confusão dos números é facilitada pelo anonimato das votações, consequência da ausência na Sala do Senado do sistema de votação electrónico do hemiciclo, fechado para remodelação, onde fica registado o sentido de voto e a identificação de cada votante.
Havia uma solução para tentar ultrapassar esta confusão: o visionamento das imagens da votação para identificação dos presentes. Mas a secretária da mesa Celeste Correia assegurou que tal não está previsto, a não ser que seja decidido em conferência de líderes”.
"PÚBLICO", 10-12-2008
"O incidente do prolongado fim-de-semana dos 48 deputados dá que pensar. Pensar que a dignidade das funções, quaisquer que elas sejam, depende do carácter e da integridade de quem as exerce. E em torno deste princípio devemo-nos unir ou separar".
Baptista-Bastos, "Diário de Notícias", 10-12-2008