sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

AFINAL EM QUE FICAMOS?

A Associação de Administradores Hospitalares e o bastonário da Ordem dos Médicos reconheceram, em declarações à TSF, que a ministra da Saúde tem razão quando refere que o principal problema do sector tem a ver com o modo como está organizado e com a gestão de alguns administradores e directores do serviço hospitalar.
No entanto, consideram também que o Ministério da Saúde é o responsável por essa má gestão.
Em entrevista à agência Lusa, a ministra Ana Jorge recomendou mais criatividade aos administradores e directores dos hospitais porque são os grandes responsáveis pelo funcionamento dos mesmos.
Contactado pela TSF, o presidente da Associação dos Administradores Hospitalares, Pedro Lopes, admite que a ministra tem razão e reconhece que há administradores que não têm apresentado resultados.
«Há algumas equipas de gestão que efectivamente não têm tido os resultados que acho que deveriam ter, mas o Ministério tem alguma responsabilidade na criação das condições para que as administrações funcionem e os administradores possam desempenhar o seu trabalho», sublinhou Pedro Lopes.
«Mas têm sido colocados nos concelhos de administração pessoas que não são da área da saúde ou da gestão e que, por isso, não têm qualquer experiência, o que só pode trazer maus resultados», justificou.
O bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, também concorda com Ana Jorge, mas afirma que a culpa está na política que tem sido seguida pelo Ministério da Saúde.
«Houve uma cultura nova que foi introduzida nos hospitais que é gestionária e unicamente de dinheiro e de produtividade em hospitais, que se baseavam no empenho dos médicos na procura do melhor para os seus doentes», referiu.
«A ministra tem razão, mas essencialmente o que há a fazer é solicitar aos médicos que novamente assumam as responsabilidades das quais foram afastados e cujo resultado está à vista», justificou o bastonário que responsabiliza o Ministério da Saúde pelas falhas de gestão em alguns hospitais
Fontes: Agência Lusa e TSF