sexta-feira, 30 de novembro de 2007

A FESTA DE NATAL DA OM

Todos os médicos da SRN receberam há pouco tempo o anúncio da festa de Natal, este ano realizada bastante mais cedo do que habitualmente. Lamentavelmente, o CRNOM cedeu à tentação do “demo” e aproveitou o ensejo para fazer campanha eleitoral, afirmando que a continuação da festa de Natal ficará dependente do acto eleitoral de 12 de Dezembro… Torpe insinuação de que a realização da festa de Natal dependerá da candidatura vencedora das eleições!... Como é óbvio, a festa de Natal não é “ideia” ou “compromisso” de uma candidatura. A festa de Natal não é “moeda de troca”. Fazer “política” com o Natal é imoral! O Natal constitui a festa do encontro, da concórdia, da amizade, da solidariedade, da partilha. Qualquer candidatura séria fará sempre uma festa de Natal, tendo em vista esses objectivos e nada mais. É lamentável que no fim do seu mandato o CRNOM evidencie (mais uma vez) um pensamento oportunista, sectário, propenso ao desencontro e à discórdia. Como se isso não bastasse, o CRNOM termina o seu mandato com a escandalosa afronta do esbanjamento de milhares de euros (sabe o preço que o CRNOM pagou só pela tenda, por exemplo?) com a organização da referida festa, que afinal só vem desvirtuar o verdadeiro significado do Natal!... Festa de Natal, sempre! Esbanjamento e insinuações torpes, nunca mais!
Não nos desiludam, colegas da lista B!...

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

LIDERANÇA BASEADA NA EVIDÊNCIA... OU A EVIDÊNCIA DE QUE MIGUEL LEÃO E SEUS ACÓLITOS NÃO SERVEM OS INTERESSES DA CLASSE MÉDICA!

Artigo do Dr. Nuno Morujão - in Tempo Medicina em 19/11/2007
As eleições para os órgãos dirigentes da Ordem dos Médicos (OM), que terão lugar no dia 12 de Dezembro, desde há muito que têm constituído motivação para diversas ocorrências verificadas no seio da classe médica. Algumas delas muito pouco dignificantes.
O dr. Miguel Leão (ML) protagonizou uma delas, como é do conhecimento de todos os médicos e do grande público.
Como já afirmei em artigo anterior, há muitas coisas que impedem a visão do «eu real». A mente humana preserva-nos das informações que possam minar a autoconfiança. É um mecanismo de defesa do ego. Neste processo é eliminada muita informação essencial. O inconsciente cria muitas ilusões, a quem já alguém chamou «mentiras vitais». Estas são armadilhas poderosas que impedem uma correcta auto-avaliação. E daqui podem resultar dificuldades na autogestão, nomeadamente no autodomínio, transparência e capacidade de realização.
Neste contexto, ML é o único dos três candidatos a bastonário da OM que, em minha opinião, necessita de ser ajudado a reflectir sobre a sua carência de competências para liderar a classe profissional a que pertenço.
Por isso mereceu da minha parte os artigos que o «Tempo Medicina» tem tido a amabilidade de publicar.
Não posso deixar de lamentar que o referido colega aparente tanta preocupação com a minha modesta opinião e insista em escrever artigos, como se eu fosse seu adversário na corrida eleitoral, sempre procurando desviar a atenção do que constitui o cerne da questão: ML é candidato à liderança da OM e, para o exercício dessas funções, são necessárias competências interpessoais e estratégicas, que não lhe reconheço. Na verdade, até a sua reacção nos artigos publicados assim o evidencia. Utiliza argumentação demagógica, nada compatível com o nível intelectual da classe médica, menorizando-a, pretendendo reduzir o debate a mera intervenção «política» no seu estilo mais desprestigiante.
Para o exercício das funções a que se candidata interessará ainda que os colegas lhe reconheçam um indiscutível exemplo de vida, nomeadamente no que se refere ao desempenho na instituição em que trabalha, que possa ser referência para a generalidade dos colegas, com destaque para os mais jovens.
Aquilo que ML refere como «um conjunto de críticas» que lhe dirijo, não o são. Antes constituem uma descrição de factos, objectivamente comprovados.
Desses factos resultaram dois processos contra ML: um processo disciplinar, a seguir o seu curso no Conselho Disciplinar da OM; e outro, um processo criminal por difamação, neste momento a seguir os seus trâmites legais. Quando ML foi convocado pelos serviços do Ministério Público para o «auto de interrogatório de arguido», no passado dia 12/09/2007, recusou-se a prestar declarações. Deixo aos leitores a interpretação desta postura de ML.
Mas passando ao mais importante.
Perante a proximidade das eleições para os órgãos dirigentes da nossa classe, penso ser oportuno apelar a todos os candidatos para que, de uma vez por todas, permitam aos médicos contar com uma «liderança baseada na evidência»:
1. Evidência de respeito por todos os médicos;
2. Evidência de respeito pelos doentes em todas as circunstâncias;
3. Evidência de comportamentos dignos em sociedade;
4. Evidência de respeito pela verdade;
5. Evidência de transparência nas acções e motivos das decisões;
6. Evidência de espírito de servir;
7. Evidência de respeito pelos princípios democráticos;
8. Evidência de respeito pelo Estatuto da Ordem e de todos os seus códigos e regulamentos;
9. Evidência de respeito por todos os outros grupos profissionais;
10. Evidência de que estamos perante pessoas de bem! Só com base numa liderança com estes pressupostos poderá a Ordem ser representativa de todos os médicos e contribuir eficazmente para a defesa dos interesses da classe e dos doentes.
Nota: destaques da responsabilidade de "Magazine da Saúde"