domingo, 27 de janeiro de 2008

BASTONÁRIO: - OS MÉDICOS ESCOLHERAM BEM !...

Para ilustrar porque a escolha do Bastonário foi acertada, Magazine da Saúde publica um extracto do capítulo de um livro que, em minha opinião, vale a pena ler.
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“Grandezas e Misérias dos Líderes Narcisistas” .
Extractos retirados do capítulo com o mesmo título do livro “Gestão de Recursos Humanos para o Século XXI” da autoria do Professor Mário Ceitil (ISCTE, Universidade Católica, Universidade Lusófona). .
“A auto estima é uma competência emocional que figura, actualmente, nos porte fólios de competências requeridas para o exercício dos diferentes papéis de liderança. Mas o que dizer e fazer quando essa auto estima se torna, aparentemente, exacerbada e quando os líderes usam as prerrogativas de poder para tornar os seus actos um permanente exercício de exibição onde os principais espectadores são… eles próprios? Este é um dos arquétipos do líder narcisista: um one man show sedento de poder e de reconhecimento, com uma aparência de vaidade inveterada que, todavia, esconde a enorme fragilidade de alguém que não consegue, verdadeiramente, aceitar e viver com a inevitável relatividade de si próprio.” “Apesar de o seu carisma evocar uma emocionalidade intensa, os narcisistas não se sentem, contudo, confortáveis nem com as suas próprias emoções, nem, sequer, dentro da sua própria pele. Por isso, estão permanentemente instáveis, hiper susceptíveis e, consequentemente, com défices de adaptação à realidade.” “… esta mesma situação pode conduzir a comportamentos com um acentuado impacto negativo nas acções de liderança. É assim que os líderes narcisistas podem, por exemplo, ter tendência para ouvir apenas o que querem ouvir e escutar apenas aquilo que lhes permita confirmar juízos previamente formulados. Não aprendem facilmente com os outros nem têm uma particular apetência para os ensinar; gostam, sim, de lhes dar lições e exibirem-se em discursos endoutrinadores, apologeticamente prescritivos e, não raras vezes, dogmáticos. A sua hipersensibilidade à crítica leva-os a sentirem-se imediatamente atacados quando alguém lhes manifesta um desagrado, uma oposição ou lhes faz um reparo a propósito de algum aspecto do seu comportamento, tornando muito difícil o diálogo. Falta-lhes, portanto, disponibilidade para os outros, distanciamento afectivo face às situações problemáticas e, acima de tudo, empatia. Ora, sendo estas algumas das competências mais críticas de uma liderança eficaz, tornam-se óbvias as dificuldades dos líderes narcisistas em serem percebidos como pessoas confiáveis e, por consequência, gerarem a confiança necessária para liderarem através da modelagem do seu próprio exemplo.” “… mesmo os mais produtivos e imaginativos podem conduzir as suas empresas para estratégias inadequadas ou, até, auto destrutivas.”