terça-feira, 29 de maio de 2007

ELEIÇÕES PARA A ORDEM DOS MÉDICOS - Leitura de Poderes

ELEIÇÕES PARA A ORDEM DOS MÉDICOS
PONTO DE VISTA
Tempo Medicina - 1º Caderno de 2/06/2007
Leituras de poderes
A ...meses das eleições para a presidência da Ordem dos Médicos, perfilam-se duas concepções do governo desta instituição, personificadas por Miguel Leão, candidato assumido, e por Pedro Nunes, actual bastonário e candidato a novo mandato. O primeiro perfilha uma ideia a que poderíamos chamar, por comodidade, parlamentarista, na qual o papel do presidente da Ordem cederia protagonismo ao dos conselhos regionais; o segundo, que em entrevista ao «Tempo Medicina», logo após a sua eleição, afirmava que «o bastonário não é a rainha de Inglaterra», é adepto de uma concepção a que chamaríamos presidencialista. São duas posições extremas, mas ancoradas nos estatutos, pelo que ambos têm razão — da mesma maneira que os presidentes da República, respeitando a Constituição, interpretam a seu modo os poderes que esta lhes confere. Neste caso da Ordem dos Médicos, não vemos, felizmente, nem o excessivo pudor de revelar o que se pensa sobre o assunto, nem o discurso fluido que acolhe uma interpretação e o seu contrário. As posições dos dois candidatos, tomadas a conveniente distância, facilitam aos eleitores uma opção clara. «TM»

1 comentário:

Anónimo disse...

Aquilo a que o "TM" chama opções, estabelecendo analogias com o sistema político de governo é um disparate.
Como aliás já foi escrito por alguém na postagem "Excertos 1", não dá para entender que havendo uma estrutura colegial nacional na direcção da OM - o Conselho Nacional Executivo (CNE), presidido pelo Bastonário - com representação das três secções regionais em igual número de elementos (apesar do número de médicos ser maior na secção regional do sul do que no norte e centro), esta estrutura possa tomar decisões cuja aplicação é de âmbito nacional ... e depois uma das secções venha tomar uma posição pública contrária à democráticamente assumida pelo CNE!...
Essa tem vindo a ser, lamentavelmente, a prática do Dr. Miguel Leão e do Dr. Moreia da Silva ao longo dos últimos anos. Vejam a imagem de unidade dos médicos que esses colegas têm passado para a opinião pública e para o poder governamental!...
É altura de acabar com essas posições e concepções divisionistas.
Concordo com o "TM" quando diz que as posições dos dois candidatos, tomadas a conveniente distância, facilitam aos eleitores uma opção clara: - votar contra o Dr. Miguel Leão, pois ao longo de anos tem sido o exemplo acabado do divisionismo.